terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Ser ou não ser um balão vermelho...

Foto do filme (curta) Balão Vermelho que é a coisa mais fofa. Nunca fiquei tão aflita por causa de um objeto. Mas o final SPOILER! SPOILER! OH MEU DEUS!!



Hj recebo um scrap da sumida da Geó, me comparando a um balão, segundo ela daqueles que são vendidos num parque de diversões, que sai voando e então vêm ela para me puxar para terra-realidade novamente... E que ela queria estar aqui voando comigo, neste momento...

Amiga no momento sou apenas silêncio... e no silêncio não tem nem o som da voz para sair flutuando... o silêncio é estático sem cor... Mas em algumas situações esse silèncio é tão necessário para a sobrevivência, pois qualquer movimento pode fazer um coração doente não aguentar e ESPOILER, como no fim do lindo filme balão vermelho....



E sempre chega aquele momento que é preciso parar um pouco e no mais absoluto silêncio, pensar no nada, redescobrir algumas coisas, inventar algumas outras, arrumar as gavetas, ouvir aquele velho CD e pensar, só pensar, mesmo que em nada, mas pensar. E pensar é tão perigoso alguns dias, as lembranças sempre doem de alguma forma , e aos poucos vamos percebendo a linha tênue por demais que existe entre saudade e tristeza, e num súbito abandonamos o pensamento. Porque tem dia que só a superfície é lugar seguro.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Leitura -Renoir

10 Books Not To Read Before You Die
The producer of at least three television shows that you may quite like shares with us his definitive list of books that just aren't worth the bother Richard Wilson
Recommended lists of ‘essential’ reading are the most pernicious ‘to do’ lists of all. Lists of physical achievements or magical holiday destinations or wonderful restaurants or fabulous hotels make you feel like your life has been wasted; a list of great books you should have read makes you feel like your brain has been wasted.

Most people embarking on a journey into a new book will feel they have to hack through a hundred pages of dense undergrowth before their conscience will allow them to give it up as a lost cause. But how many people feel secure enough in their own judgment even to do that? How many times have we all ploughed on to the end to find there’s actually no treasure after all? A book, even a useless one, can take several days out of your life so it’s a big investment.

The best way to fight the massed ranks of recommended books is with an offensively glib and, if possible, ill-informed reason for not bothering with them.

10: Ulysses – James Joyce

‘What’s this you’re reading? Useless?’

‘Ulysses, Sergeant Major.’

At school I remember my English teacher saying that he knew no one who had managed to get to the end of it. It does sound rubbish, doesn’t it? I’d have thought it was the duty of a great book to drag you along to the last page. But in a way, that’s good to know: if it’s famously hard going you have the perfect excuse not to bother with it.

9: Lord of the Rings – J R R Tolkien

The best I can say about this book is that it was a very useful tool at school for helping to choose your friends. Carrying a copy of Tolkien’s monstrous tome was the equivalent of a leper’s bell: ‘Unclean! Unclean!’ I knew I would have nothing in common with anyone who had read it. Their taste in music, clothes, television, everything was predetermined by their devotion to Gandalf. Without a shadow of a doubt, in a few years, these people would be going to Peter Gabriel gigs and reading Dune.

8: For Whom the Bell Tolls – Ernest Hemingway

The Hemingway style is impressive at first. Simple sentences with few descriptions. They avoid adverbs and adjectives and, as a change from the over-elaborate works of Dickens and Austen, it’s OK for a while. Then you realise it’s a bit dry and boring and the more you find out about Hemingway, the more you realise he was a bore too: a terrible macho bore obsessed with bullfighting, guns, boxing and trying to catch big fish; really quite a tiresome bloke you wouldn’t want to spend time with.

7: À la Recherche du Temps Perdu – Marcel Proust

Yes, yes, he tasted a biscuit that made him think of childhood, we’ve all done that. If I want to remember my childhood I look at some photographs.

6: The Dice Man – Luke Reinhart

Basically, this fairly unpleasant bloke does whatever his dice tell him to do, which is often quite terrible. But there’s a flaw in the structure of this book. He writes down an option for each number of the dice and then lets the dice decide what he should do. ‘Throw a six and rape the woman upstairs’?! How did that get on his list of things to do? If he’d written down, ‘Throw a six and have three crispy pancakes for tea’ he wouldn’t have got into so much trouble.

Dreary ramblings of an unreliable and workshy tosspot. Its sole distinction consists in the creation of ‘Gonzo journalism’, which made it OK for journalists, particularly rock journalists, to get shit-faced with whoever they happened to be writing about.

4: The Beauty Myth – Naomi Wolff

I don’t know if Naomi is a genuine academic – I couldn’t be arsed to Google her – if she is, she is probably Emeritus Professor of the bleeding obvious. The Beauty Myth is about how women feel under pressure to look good and lose weight. There you go. That’s it. I could get a similarly sophisticated level of socio-political analysis from the fishwives on Loose Women.

3: War and Peace – Leo Tolstoy

Way, way too long.

2: The Iliad -- Homer

The very idea that you are somehow culturally incomplete without knowledge of Homer is ridiculous. The Iliad is one of the most boring books ever written and it’s not just a boring book, it’s a boring epic poem; all repetitive battle scenes with a lot of reproaching and challenging and utterances escaping the barrier of one’s teeth and nostrils filling with dirt and helmet plumes nodding menacingly. There’s a big fight between Achilles and Hector and that’s about it.

1: Pride and Prejudice – Jane Austen

From what I can gather it’s Mills and Boon from the olden days, and really boring Mills and Boon at that. I did try reading a Jane Austen novel once, but it hadn’t got going by fifty pages so I guiltily gave up; the characters spoke in a very oblique way and it seemed to be all about hypocrisy and manners and convention; worse than that, it was really difficult to find the doing word in a sentence.

Taken From Can’t Be Arsed: 101 Things Not to Do Before You Die by Richard Wilson (Portico Books, £9.99). Illustrations © Jack Noel.


sábado, 14 de fevereiro de 2009

Uma Aprendizagem


_ “ Lóri, disse Ulisses, e de repente pareceu grave embora falasse tranquilo, Lóri, uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso não faz mal que você não venha, esperarei quanto tempo for preciso.”


Clarice Lispector. Uma aprendizagem ou o Livro dos prazeres. ed. Rocco, 1998. p.26

sábado, 7 de fevereiro de 2009

LUA NOVA

Trecho do livor Lua nova de Stephenie Meyer lido e adaptado ao son de Silje Negaard: So sorry for your love.

-Irei embrora.
-Por que agora? Mas um ano...
-Está na hora. afinal quanto tempo mais poderemos ficar assim?
-Irei com você
-Não pode, não é certo.
-Onde você está é o lugar certo para mim.
-Não sou bom para você.
-Não seja ridículo. -Queria aparentar raiva, mas pareceu apenas que eu estava implorando. -Você é a melhor parte de minha vida.
-Não quero que você venha comigo. -Ele pronunciou as palavras de modo lento e preciso, os olhos frios em seu rosto, obeservando absorver o que ele estava me dizendo.
Houve uma pausa eu repetia as palavras em minha cabeça algumas vezes, procurando seu verdadeiro signifiado.
-Você... não... me quer?
-Não.
-Bom, isso muda tudo. -Fiquei surpresa como minha voz parecia calma e razoável. Devia ser porque eu estava cem por cento entorpecida. Não conseguia entender o que ele me dizia. Ainda não fazia sentido algum.
-È claro que sempre a amarei... de certa forma. Mas está na hora de mudar. Permiti que isso durasse tempo demais, e lamento
-Não lamente. - Agora minha voz era só sussuro; a consciència começava a me invadir, gotejando como ácido em minhas veias. -Não faça isso.
Ele simplesmente olhou para mim, e em seus olhos eu pude ver que minhas palavras chegaram tarde demais. Ele tinha feito.
-Você não é boa para mim. - Ele mudara de idéia, e eu tinha argumentos. Eu sabia muito bem que não era boa o suficiente para ele.

(...)

(...)

O TEMPO PASSA. MESMO QUANDO ISSO PARECE IMPOSSÍVEL. MESMO quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até para mim.

(...)